Meus Oito Anos - Homenagem à Carol

17 de março de 2010

Quietude, resposta



No alto da montanha a Paz,
No som da água corrente a quietude
No canto dos pássaros o encanto
Na contemplação a plenitude.

Beijokinha, Si…

Até Que...

Até eu conseguir consertar a quebra de link, por favor NAVEGUE PELO ARQUIVO DO BLOG. Só falta a Postagem Quietude.De Fevereiro para trás está tudo em Ordem. OBRIGADO

11 de março de 2010

Quietude, resposta

 
No alto da montanha a Paz,
No som da água corrente a quietude
No canto dos pássaros o encanto
Na contemplação a plenitude.                                                                                                                            Beijokinha, Si...

10 de fevereiro de 2010

Balada Da Neve

Me lembro como se hoje fosse, do dia em que a ela falei deste poema, ou melhor Balada, e o postei no blog que ela escondeu o "Fome de Poesia" onde eu editava também, aliás ultimamente só eu. Sua BALADA Menina:



de:Augusto Gil



Balada da Neve


Batem leve, levemente,
Como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
E a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
Mas há pouco, há poucochinho,
Nem uma agulha bulia
Na quieta melancolia
Dos pinheiros do caminho...

Quem bate, assim, levemente,
Com tão estranha leveza,
Que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
Nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
Do azul cinzento do céu,
Branca e leve, branca e fria...
-Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho,
Passa gente e, quando passa,
Os passos imprime e traça
Na brancura do caminho...

Fico olhando esses sinais
Da pobre gente que avança,
E noto, por entre os mais,
Os traços miniaturais
Duns pezitos de criança...

E descalcinhos, doridos...
A neve deixa inda vê-los,
Primeiro, bem definidos,
Depois, em sulcos compridos,
Porque não podia erguê-los!...

Que quem já é pecador
Sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
Porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...

E uma infinita tristeza,
Uma funda turbação
Entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
- e cai no meu coração.


Esta, me lembra os tempos de escola, já minha mãe a sabia de cor, e sempre que me via folheando o livro começava a recitá-la, ainda hoje, aos 84 anos a sabe inteira de cor.

MEUS OITO ANOS

Pelo que eu soube, e ela mesmo me disse, esta foi a primeira poesia que ela decorou, e algumas vezes a recitamos junto. Para Vc Poetisa descansando. Até sua Volta. Bjks.

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus
— Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
................................
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!
Poesia de Casimiro de Abreu.